Por: [Gilberto]
Brasília, 13 de agosto de 2025 – Um vídeo publicado pelo influenciador digital Felca provocou reações imediatas na Câmara dos Deputados e reacendeu o debate sobre a regulação das redes sociais no Brasil. A publicação, que abordava a “adultização” de crianças na internet, gerou consenso momentâneo entre parlamentares da direita e da esquerda sobre a necessidade de proteger o público infantil, mas também expôs divergências sobre como regulamentar o conteúdo online.
O debate sobre a proteção de crianças nas plataformas digitais tem ganhado força nos últimos anos, especialmente com o aumento do consumo de vídeos e conteúdos educativos ou de entretenimento por menores de idade. Políticos de diferentes partidos destacaram a importância de mecanismos de fiscalização mais rígidos e de limites para a exposição precoce de temas adultos na internet.
No entanto, a discussão sobre a regulação das redes sociais em si não encontra consenso na Câmara. Enquanto alguns defendem a criação de leis mais duras que obriguem plataformas a monitorar conteúdo e restringir publicações nocivas, outros alertam que medidas excessivas podem comprometer a liberdade de expressão e gerar burocracia excessiva para empresas de tecnologia.
Especialistas em direito digital e segurança infantil destacam que a questão vai além da legislação: envolve educação digital, orientação dos pais e ferramentas tecnológicas para filtrar conteúdo impróprio. Eles ressaltam que apenas regulamentações rígidas podem não ser suficientes para resolver o problema da “adultização” de crianças na internet.
O episódio envolvendo Felca demonstra que temas sensíveis podem unir lados opostos do espectro político, mas também evidencia a complexidade de criar políticas que protejam os jovens sem restringir a liberdade de criação e compartilhamento nas plataformas. A Câmara deve continuar debatendo o assunto nas próximas semanas, com propostas de audiências públicas e consultas a especialistas.
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