A quinta-feira (19) amanheceu mais silenciosa com a notícia do falecimento de Francisco Cuoco, aos 91 anos. Ícone absoluto da dramaturgia brasileira, sua morte mobilizou colegas de profissão, fãs e admiradores que acompanharam décadas de personagens marcantes. Entre as homenagens emocionadas, um tributo familiar ganhou força nas redes sociais: as filhas da atriz Dina Sfat, grande parceira de Cuoco na ficção, recordaram com carinho o legado do ator e a intensa conexão artística entre ele e sua mãe.
Anna Kutner, filha de Dina e do ator Paulo José, foi uma das primeiras a se manifestar. Em sua publicação, lembrou a trajetória compartilhada por Cuoco e Sfat: “Eternamente, Chico Cuoco. Ele e minha mãe, Dina Sfat, eram uma dupla imbatível. Agora estarão juntos”, escreveu, trazendo à tona memórias que marcaram gerações.
Bel Kutner e Clara Kutner, também filhas de Dina com Paulo José, reforçaram a homenagem com imagens antigas da mãe ao lado de Cuoco, registrando momentos de cumplicidade artística no teatro e na televisão. Em nota conjunta, as atrizes e diretoras lembraram: “Francisco Cuoco. Grande parceiro no palco, na TV e na vida”.
Dina Sfat, falecida em 1989, é a atriz que mais contracenou como par romântico de Cuoco nas telinhas. A parceria dos dois brilhou em produções emblemáticas como Selva de Pedra, O Astro, Assim na Terra Como no Céu e Eu Prometo. No teatro, dividiram os holofotes na montagem da peça Hedda Gabler, conquistando público e crítica com atuações que transbordavam química e intensidade.
O reencontro simbólico desses dois gigantes da arte nacional, sugerido nas palavras de suas filhas, encerra um capítulo dourado da teledramaturgia brasileira. Francisco Cuoco e Dina Sfat não apenas interpretaram casais apaixonados – eles personificaram, com verdade e talento, o que o amor representa na arte: permanência, beleza e emoção.
O Brasil se despede de Cuoco com gratidão, reverência e saudade. E, no imaginário de muitos, a cortina se fecha para uma das mais belas duplas da história da televisão – agora reunida, eternamente, no palco da memória.