Com tornozeleira eletrônica no tornozelo e Bíblia na mão, o ex-presidente Jair Bolsonaro reaparece em Brasília cercado de aliados e mira uma ofensiva contra decisões recentes do Supremo Tribunal Federal.
O cenário inusitado e carregado de simbolismo chamou atenção nesta semana no Congresso Nacional: Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, apareceu na Câmara dos Deputados usando tornozeleira eletrônica, participando de um círculo de oração com parlamentares aliados e articulando nos bastidores uma reação política às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vestido de forma discreta, mas com a tensão visível no rosto, Bolsonaro foi flagrado em um dos salões da Câmara orando com deputados da base conservadora, enquanto conversas paralelas ocorriam em gabinetes e corredores. A presença do ex-presidente, mesmo sob medidas restritivas impostas pela Justiça, mostra que o jogo político segue vivo — e mais inflamado do que nunca.
Fontes internas relataram que a ida de Bolsonaro à Câmara teve como objetivo fortalecer alianças e mostrar que, apesar das investigações em curso, ele ainda possui força entre os parlamentares mais fiéis. Durante os encontros, houve críticas duras às decisões recentes do STF, principalmente às ações que atingem diretamente nomes próximos ao ex-presidente.
Aliados afirmam que o ex-presidente se sente injustiçado e que estaria sendo alvo de perseguição política. “Querem calar Bolsonaro, mas ele não se dobra”, afirmou um deputado da chamada “bancada da resistência”. Nos bastidores, discute-se até a possibilidade de formalizar frentes parlamentares para contestar juridicamente as ações do Supremo.
A imagem de Bolsonaro orando com aliados, com a tornozeleira discretamente visível sob a calça, rapidamente circulou nas redes sociais e dividiu opiniões. Enquanto apoiadores enxergam um gesto de fé e resiliência, críticos apontam para uma tentativa de vitimização e manipulação da opinião pública.
Entre os temas tratados na visita relâmpago à Câmara, estiveram as investigações sobre os atos de 8 de janeiro, os inquéritos envolvendo fake news, milícias digitais e tentativas de desacreditar o sistema eleitoral. Bolsonaro, mesmo impedido de exercer cargos públicos por decisão do TSE, ainda tenta influenciar as estratégias da direita para 2026.
Nos corredores do Congresso, a tensão era palpável. Parlamentares de oposição criticaram a presença de Bolsonaro na Casa e exigiram respeito às decisões judiciais. “Não é aceitável que alguém investigado, com tornozeleira eletrônica, use o Parlamento como palanque político”, disse uma deputada do PSOL.
O STF, por sua vez, mantém silêncio institucional diante da movimentação política do ex-presidente, mas ministros próximos à cúpula do Judiciário classificaram o gesto como “desafiador e preocupante”. Para eles, há uma tentativa clara de deslegitimar o sistema judicial através de discursos populistas e religiosos.
A presença de Bolsonaro também acendeu alertas no Planalto. O governo Lula acompanha de perto cada passo do ex-mandatário e teme que sua mobilização política possa reacender uma base radicalizada em meio à polarização crescente no país.
Analistas políticos apontam que o gesto de Bolsonaro foi cuidadosamente calculado: mistura religiosidade, vitimismo, provocação institucional e sinal de força — ingredientes que sempre estiveram presentes em sua trajetória política.
A pergunta que fica é: qual será o próximo movimento? Bolsonaro está acuado ou preparando um novo ataque político? A relação entre os poderes parece estar mais frágil do que nunca — e o clima de embate direto pode voltar a dominar o cenário nacional.
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