Imagine um mês em que até o tradicional “boom” das criptomoedas dá lugar ao pessimismo — esse é o cenário de outubro de 2025. Enquanto muitos apostavam numa “alt-season”, o gigante Bitcoin caiu e registrou seu primeiro “Uptober” negativo desde 2018. E para completar o clima de alerta, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 1 milhão em criptoativos em uma operação de combate a golpes financeiros.
Este artigo foca nesses dois lados: a fraqueza do mercado cripto em outubro e o avanço da fiscalização no Brasil — uma combinação que pode mudar o jogo para quem está de olho em oportunidades.
1. O derradeiro sinal: “Uptober” vira decepção
Historicamente, o mês de outubro costuma trazer fôlego ao mercado de criptos — daí a expressão “Uptober”. Porém, em 2025, o Bitcoin caiu para aproximadamente US$ 109.800 e registrou uma queda acumulada de cerca de 3,52% no mês. BDM – Bom Dia Mercado+1
O fato se torna ainda mais significativo quando consideramos que esse é o primeiro “Uptober” negativo desde 2018. BDM – Bom Dia Mercado+1
A faixa entre US$ 108 mil e US$ 110 mil aparece agora como um suporte crucial, sendo testada por uma potencial reversão ou queda mais acentuada. BDM – Bom Dia Mercado
Para investidores, o recado é claro: o “boom garantido” não existe mais — nem em outubro — e atenção extra é necessária.
2. O que está por trás da queda? Pontos que merecem atenção
A) Correlação global e bolha no radar
O alerta soou: o mercado cripto não está mais isolado. Segundo analistas da Santiment, a queda recente do Bitcoin pode ser uma “armadilha de urso” (“bear trap”), o que leva à suspeita de que investidores estão sendo pegos de surpresa. BDM – Bom Dia Mercado
Além disso, alertas de nomes como Ray Dalio e Paul Tudor Jones sobre risco de bolha no mercado global impactam também as criptos, dado seu nível de correlação com ativos de risco. BDM – Bom Dia Mercado
B) Falta de catalisador — e má notícia da “Uptober”
Com a simbólica queda em outubro, investidores começam a questionar o momentum: o que está por trás da retomada esperada? A falta de gatilhos positivos (por exemplo, adoção massiva, regulações favoráveis, ou altcoin que descola) parece pesar.
C) Suporte técnico ameaçado
A faixa US$ 108-110 mil que mencionei acima aparece como linha de defesa. Se for rompida com convicção, o caminho para níveis mais baixos se abre — e isso poderia provocar dor de cabeça para quem entrou sem hedge.
D) “Altseason” ainda em espera
O cenário de “altseason” — onde altcoins como Solana (SOL) se destacam frente a Bitcoin — ainda não se desenhou de forma convincente. A dominância do BTC permanece firme, e sem descolamento claro, a ansiedade reina.
3. Brasileiros na mira: PF apreende R$ 1 milhão em cripto
Enquanto o mercado global oscila, no Brasil a fiscalização deu o recado: nesta última operação da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo, foram cumpridos 42 mandados de busca e 26 de prisão por golpes via PIX. Além disso, cerca de R$ 1 milhão em criptoativos foram apreendidos — bem como veículos de luxo e joias. BDM – Bom Dia Mercado+1
O valor pode parecer modesto diante do volume global de criptos, mas simbolicamente representa um alerta para quem acha que “cripto = impune”.
Para o investidor ou entusiasta brasileiro, o recado é: proteção, compliance e rastreabilidade não são mais opcionais.
Pronto para o impacto? Pois aqui vai um efeito colateral que importa: golpes envolvendo cripto atingiram R$ 813 milhões via PIX nessa investigação específica. BDM – Bom Dia Mercado
4. Impactos práticos para quem investe (ou pensa em investir)
🔻 Para quem já está dentro:
- Redobra a atenção sobre risco: se o Bitcoin está oscilando para baixo em outubro, altcoins podem sofrer ainda mais.
- Revisite seu investimento: se parte da aposta era a “altseason” agora, revise expectativas e prazos.
- Fique de olho em suporte técnico: romper os US$ 108-110 mil pode desencadear vendas em cascata.
🔺 Para quem está pensando em entrar agora:
- Cautela em primeiro lugar: o fato de outubro falhar como “boom” pode representar bom ponto de entrada para quem encara risco — desde que preparado.
- Avalie o ambiente regulatório: no Brasil, com apreensões em andamento, questões fiscais e de compliance devem ser considerados.
- Pense em diversificação e hedge: não aposte tudo em uma moeda só. Explore estratégias que protejam contra “bear trap”.
⚠️ Alerta de “altseason”:
Ainda não há sinais fortes de que estamos entrando em uma altseason — que exige queda da dominância do Bitcoin, aumento forte de altcoins relevantes, ou deslocamento claro do SOL/ETH frente ao BTC. Até que isso ocorra, o cenário permanece cauteloso.
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